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terça-feira, 31 de julho de 2012

Divulgação de pesquisa III: Neandertal se tratava com ervas medicinais, diz estudo.

Oi pessoal, tudo bem?

A FSP divulgou neste mês uma pesquisa internacional que está em desenvolvimento, sobre o conhecimento de propriedades medicinais de plantas pelos Neandertais (Homo neanderthalensis). Segue a reportagem na íntegra.

Neandertal se tratava com ervas medicinais, diz estudo

A espécie de humanos distinta do Homo sapiens que habitou a Europa até 30 mil anos atrás -- os neandertais -- tinham uma cultura tão sofisticada que incluía até conhecimento sobre ervas medicinais. Pesquisadores analisaram a composição química do tártaro acumulado em dentes fossilizados de um indivíduo da espécie e encontraram traços de camomila, mil-folhas e outras plantas que não puderam ser identificadas.

"Acreditamos que ele estivesse consumindo essas folhas para automedicação, porque o gosto delas, amargo, não é muito bom", disse à Folha Karen Hardy, arqueóloga da Universidade de York (Reino Unido), que fez a descoberta. "As plantas que identificamos também têm valor nutricional muito baixo, e certamente eles não as estavam comendo para obter energia."

Em estudo na edição desta semana da revista alemã de ciências naturais "Naturwissenschaften", Hardy descreve com seus colegas como a descoberta foi feita em fósseis de neandertais de 50 mil anos atrás. Os fósseis saíram de um sítio arqueológico aberto em 1994 na caverna de El Sidrón, em Astúrias, no norte da Espanha.

Para identificar os diferentes componentes de plantas que estavam aprisionados no tártaro dos hominídeos, os cientistas combinaram a espectrometria de massa (técnica para revelar a composição química de materiais) com a análise de imagens de microscópio eletrônico, que revelou grãos minúsculos de plantas fósseis trituradas.

"A camomila, claro, é conhecida hoje como chá para acalmar os nervos, às vezes usado contra indigestão", diz Hardy, que afirma detestar o sabor da planta. "Já o mil-folhas é um adstringente -- causa aumento localizado da circulação de sangue -- e às vezes é receitado contra resfriado."


Pesquisadoras trabalham na caverna de El Sidrón, na Espanha, que foi habitada por neandertais
FIGURA 1: Pesquisadoras na caverna de El Sidrón.

                                  
Vegetarianismo?

Para fazer o estudo, a arqueóloga analisou dentes de dez indivíduos, no total, e encontrou evidências de consumo de plantas com amido em todos. Três deles exibiam traços de carboidratos sugerindo que os vegetais haviam sido cozidos antes de ser ingeridos. Um dos fósseis -- o mesmo que consumira ervas medicinais -- não apresentou traços químicos relacionados ao consumo de carne. Foi uma surpresa para os cientistas, pois neandertais até agora vêm sendo considerados uma espécie carnívora.

"Não sabemos como interpretar isso, ainda", diz Hardy. "Temos que fazer mais estudos antes de dizer se esse indivíduo pertencia a uma cultura vegetariana totalmente alternativa."

Segundo Hardy, ainda é difícil saber quais seriam as fontes do amido que os neandertais de El Sidrón estavam comendo, pois ainda não existem estudos suficientes sobre como era a vegetação da região há 50 mil anos. Os indícios de que esses hominídeos também sabiam cozinhar foram reforçados por partículas de fumaça de madeira queimada encontradas grudadas em seus dentes.

A variedade de moléculas encontradas no tártaro fossilizado dos hominídeos sugere que eles consumiam ainda muitas outras plantas diferentes, ainda que os cientistas só tenham conseguido identificar duas com precisão. "Provavelmente os neandertais conheciam seu ambiente muito bem, e nós vínhamos subestimando essa capacidade de entendimento que eles tinham", diz Hardy.


Pesquisadora trabalha na caverna de El Sidrón, na Espanha, que foi habitada por neandertais
FIGURA 2: Pesquisadora na caverna de El Sidrón.

                               
Referência

GARCIA, R. (Folha de São Paulo). Neandertal se tratava com ervas medicinais, diz estudo. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1123219-neandertal-se-tratava-com-ervas-medicinais-diz-estudo.shtml Acesso em: 30 jul. 2012. 

Obs: as figuras estão referenciadas através de link.
                                         
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Até breve navegadores! Abraço,

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Temporada 2012 de Baleias Francas em SC já começou!

Oi navegadores, como estão?

A temporada de 2012 de Baleias Francas em Santa Catarina já começou. Abaixo uma reportagem que o DC disponibilizou em seu site sobre o assunto, como o mapa de avistagem elaborado pelo "Projeto Baleia Franca".

"Início de temporada com seis baleias francas traz boa expectativa em Imbituba e Garopaba, no Litoral Sul de SC".

Está aberta a temporada da baleia franca em SC. O primeiro passeio embarcado para observação aconteceu no sábado, entre Garopaba e Imbituba, e pelo grande número de animais avistados — foram seis, sendo um filhote recém-nascido — este deve ser um ótimo ano para este tipo de turismo.

A coordenadora do Instituto Baleia Franca (IBF), a bióloga Mônica Pontalti, explica que a quantidade avistada surpreendeu. Neste período, as aparições costumam ser poucas.

— Isto é um bom sinal. Provavelmente teremos um grande número de visitantes este ano — afirma a bióloga, ressaltando que o pico é entre agosto e novembro.

No ano passado, a região recebeu 172 animais — a média costuma girar entre 100 e 200. O recorde foi em 2006, com 194. Já 2009, foi o pior ano, com apenas 62 registros.

Litoral propício

A bióloga explica que os mamíferos procuram Santa Catarina nesta época do ano para parir, já que a água é mais quente e tranquila, é propícia para o parto e as primeiras semanas de vida do filhote.

— A geografia das praias do Estado atraem as baleias, que buscam também proteger o filhote de predadores naturais.

As gigantes se concentram num faixa de 130 quilômetros da costa catarinense, entre as praias da Lagoinha do Leste, na Capital, até Balneário Rincão, no Sul do Estado. A região é área de proteção ambiental (APA). As embarcações saem com a localização certa das baleias, já que há quatro pontos de observação em terra com monitores que avisam onde os animais estão.

O avistamento dos animais pode ser feito por terra, nos costões ou alto de morros, de preferência com o uso de binóculos. Mas a melhor alternativa é o avistamento embarcado, serviço que é oferecido por empresas de Garopaba e Imbituba.

Apenas as embarcações autorizadas podem fazer o passeio, já que existe uma série de regras a serem cumpridas, como distância mínimas. Barcos não autorizados ou particulares não podem se aproximar dos animais e podem ser multados.


Setor pede outros investimentos

O turismo de observação de baleias é a grande aposta dos empresários de Garopaba e Imbituba para combater a sazonalidade. Mas ainda falta estrutura adequada. O presidente do Instituto Baleia Franca (IBF), Henrique Litman, também dono de uma operadora que faz passeios para visualização dos animais, pede mais atenção do setor público.

— Precisamos de um píer ou trapiche para facilitar o embarque e desembarque. Hoje, os turistas têm que entrar na água e se molhar para chegar até o barco.

Litman acha que falta investimento em divulgação.

— Precisamos comunicar para o Brasil e o mundo que temos aqui algo raro e incrível. Mas infelizmente este potencial não está sendo explorado. Recebemos um número ínfimo de turistas, cerca de 5 mil por ano. Na Argentina, por exemplo, são 250 mil. No ano passado, a atividade movimentou cerca de R$ 12 milhões em todo mundo.

Para a coordenadora do Instituto Baleia Franca (IBF), a bióloga Mônica Pontalti, ainda há falhas no que diz respeito à proteção aos animais. Um dos problemas são as redes de pesca que muitas vezes se enroscam nas baleias, provocando ferimentos e colocando a vida do animal em risco.

— O ideal é que estas redes não fossem colocadas neste região, mas isso prejudicaria muito os pescadores. O ideal é que eles retirem a rede quando avistarem uma baleia e depois recoloquem quando o animal de afastar.

Apesar das dificuldades, o clima é de muito otimista entre o trade turístico com a temporada deste ano.

Referência

ARAUJO, Viviane. (DC). Início de temporada com seis baleias francas traz boa expectativa em Imbituba e Garopaba, no Litoral Sul de SC. Disponível em: <http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2012/07/inicio-de-temporada-com-seis-baleias-francas-traz-boa-expectativa-em-imbituba-e-garopaba-no-litoral-sul-de-sc-3822439.html>.  Acesso em: 18 jul 2012.

Para acessar o mapa de avistagem, clique aqui.

Obrigado pela visita e em breve lançaremos mais postagens.

PS - revisão efetuada em 20/05/13.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Divulgação de evento III

Olá pessoal,

Hoje divulgamos o "Simpósio de VI Microbiologia Aplicada" e o "II Encontro Latino-Americano de Microbiologia Aplicada", cujo ocorrerão no mês de novembro/12, na UFRGS (RS). Abaixo o cartaz contendo informações sobre as temáticas abordadas, localização, bem como a data limite para envio de resumos.



Abraço para vocês!

PS - texto revisado em 24/05/13.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Vídeos educativos

Olá, como estão?

Hoje deixamos sugestões de vídeos educativos, que retratam questões de meio ambiente, saúde e do fenômeno da urbanização irregular. Materiais para debates em escolas, associações ou mesmo entre grupos de amigos, envolvendo outras áreas, como Geografia, História, Arquitetura e Engenharia.

1) Documentário "Entre Rios", desenvolvido em 2009, como um trabalho de conclusão de curso (SENAC-SP), mostra desenvolvimento da cidade da garoa acerca dos rios que cortam a região.


ENTRE RIOS from Caio Ferraz on Vimeo.


2) Vídeo "As enchentes e as ocupações irregulares nas margens de cursos d'agua". Produzido pelo Arq. Ademir Nogueira de Ávila, para o Instituto Candeia de Cidadania em julho de 2011.




3) Vídeo "Poluição urbana", animação integrante do DVD "Desenho Animado Ambiental", com  a distribuição gratuita através da REDE SOCIAL CARANGUEJO.




4) Vídeo "Preservando a saúde e a natureza", elaborado pelo Prof. Daniel Azevedo do Colégio da Polícia Militar do Ceará, trata sobre a dengue e a qualidade ambiental, editado em 2012.




E aí, gostaram? Tem sugestões de vídeos para compartilhar? Envie comentários e dicas para recantodabio@gmail.com.

Abraços e até breve!